Apóstolo Mauricio: “eu quebro paradigmas todos os dias”

Presidente da Aliança Jovem Internacional, o Apóstolo Maurício de Castro é líder da Rede Juvenil em Manaus, berço da Visão Celular no Brasil. Ele nasceu no Rio de Janeiro, e aos 19 anos de idade entregou sua vida ao Senhor. Foi ao Amazonas depois de ser chamado por Deus para ser missionário lá. Trabalhou na Missão Internacional Jovens com uma Missão, JOCUM, durante três anos. Ali conheceu sua esposa, Bispa Rachel, e, hoje, têm três filhos Aimeé, Ada e Zak.

Durante o Encontrão da AJI, nos bastidores do evento, o Apóstolo Maurício concedeu uma entrevista ao blog da Rede de Jovens, em que falou dos desafios para a juventude brasileira e potiguar, e do cumprimento do seu chamado através da Aliança Jovem Internacional e da Rede de Milhares. Na próxima semana, publicaremos a parte da entrevista em que o apóstolo fala sobre o compromisso. Confira:

Quais são os grandes desafios para cuidar de uma geração de milhares?

Os desafios são muitos, mas o desafio principal que eu vejo hoje é você formar uma geração de líderes. Então o maior desafio é você formar sua equipe de 12 e colocar neles a mesma idéia e o mesmo caráter para que eles possam reconduzir esses 12 num maior nível possível, e isso leva tempo. Não é em um ano, nem dois e nem em três anos. Trabalhar com jovens é mais fácil.

Por que é mais fácil?

Por que o jovem é inteligente, ao contrário do que se fala. O jovem é obediente, ao contrário do que se fala e o jovem é capaz, ao contrário do que se fala.

Como Deus revelou a estratégia da Rede de Milhares?

Nós estávamos vindo de Miami, retornando pra Manaus quando Rachel me disse: “Deus está me falando algo que vai revolucionar esse novo tempo”. Então ela começou a escrever sobre o projeto e Deus me deu o nome Rede de Milhares, a partir daí fomos incrementando. Passamos um ano aplicando ele em Manaus e amadurecendo muita coisa no caminho que nos foi revelado. O projeto não veio de uma vez só, mas nós colocamos em prática o que Deus nos revelou no avião, colocamos metas, datas, e os detalhes foram sendo incrementados aos poucos. Tanto que o livro só saiu agora, em agosto desse ano, depois de um ano e meio de projeto funcionando em Manaus.

O que Deus tem mostrado para a juventude do Rio Grande do Norte?

O que Deus tem me mostrado ao Rio Grande do Norte, na realidade é o que Ele já me mostrou há muito tempo, desde quando eu vim aqui pela primeira vez, acho que em 2000, há dez anos atrás. O potencial é grande aqui no Rio Grande do Norte, a juventude é guerreira e forte, é a geração com a qual nós vamos realmente vamos poder contar, por que está aberta para aprender e futuramente assumir o que tem de ser assumido, que são as rédeas do estado, em todos os aspectos: social, cultural, econômico, espiritual, público-político. A Aliança Jovem Internacional atua em todas essas áreas. Nós vamos ver essa juventude dirigindo esse estado e assim ajudando a dirigir a nação brasileira.

Qual o segredo do sucesso?

Em primeiro lugar, o sucesso é como um rio que você vai atravessar e pra você atravessa-lo, vai precisar de três coisas. Primeiro você precisa querer, porque se você não quiser você não vai atravessar, mesmo que tenha um rio. Segundo, você tem que saber nadar, porque se você quiser mas não souber nadar, não vai adiantar nada. E em terceiro lugar tem que ter o rio pra atravessar.

O rio são as oportunidades, e elas só acontecem através da interatividade com outras pessoas. Oportunidade não é sorte, não existe nenhuma correlação entre sorte e oportunidades. As oportunidades são geradas, você gera uma oportunidade, elas não acontecem do dia pra noite, de repente, ela vem da interatividade. Sucesso é um jogo, a pessoa tem que arriscar. É um jogo real e legítimo, que deve ser jogado para ganhar. Então você tem que querer, poder e tem que haver. Essa é minha sugestão pra quem quer ter sucesso, o rio está ai. Para atravessá-lo você precisa de auto-estima.

Algo que fatalmente acontece na vida do jovem é quando querem derrubar a auto-estima dele. O jovem ainda é considerado como rebelde, ainda é considerado como perverso, mas na verdade isso ai é um complô espiritual e social para tentar domar a juventude. Se nós tivermos uma juventude com a auto-estima elevada, vamos poder realizar muito mais e como muito mais velocidade.

Como surgiu a Aliança Jovem Internacional, a AJI?

A AJI surgiu da necessidade de se juntar uma liderança juvenil, tratarmos de assuntos em comum, concernentes a essa liderança, doutrinar esses líderes e gerar novos líderes. Um detalhe importante é que quem faz parte da Aliança Jovem Internacional não são os aliançados, mas sim aliados, nós nos aliamos. E isso porque, o que é aliado? Aliado é quando todos nós trabalhamos por um bem em comum. Já aliançado é quando fazemos parte de uma só doutrina, o que não é o nosso caso.

Então a AJI é aberta para fora da Visão Celular?

É aberto pra todo mundo que ama a juventude. Ela começou dentro da Visão Celular, mas hoje ela já expande fronteiras. A AJI hoje não está nem mais só no Brasil e nem está atuando só com os evangélicos. Por exemplo, no Cairo, no Egito, nós temos um orfanato com 98 crianças. 100% dessas crianças são mulçumanas. Nós estamos servindo a um outro povo e a uma outra religião. Isso é amor. É daí que nós vamos alcançar aquelas famílias. Os nossos funcionários no Egito, 60% deles são islâmicos, são mulçumanos, por que a lei exige que se você é de uma outra religião e vai criar uma entidade, a maioria dos envolvidos tem que ser islâmica. Mais uma quebra de paradigma. Se fosse aqui, a gente só ia querer trabalhar com crente, achando que só o crente sabe. E na realidade, no trabalho, nos vamos injetando valores nos islâmicos.

Na sua vida, você tem se voltado a quebrar paradigmas.

Eu quebro paradigma todos os dias. Quebra de paradigmas te levam a alçar novos voos. Quem não quebra paradigma não decola. Mas tem que se atentar para uma coisa: paradigmas devem ser quebrados sempre que necessário e não ser quebrado só porque é um paradigma. Vão haver alguns paradigmas que talvez não precisem ser mudados. Também podem ter paradigmas que precisam ser quebrados na sua vida e na minha não, porque eu me dou muito bem com ele. No entanto, existem paradigmas que precisam ser quebrados para que possamos caminhar juntos.

Falar de quebra de paradigma para jovens é muito mais fácil e mais real. Quanto mais madura uma pessoa é, mais difícil é quebrar um paradigma, mas vai ter que quebrar, se não ela não avança. Cada vez que você quebra um paradigma, você avança.

Antigamente, dizia que se você passasse de 80 quilômetros por hora de velocidade, você ia ser esmagado pela força do ar. Um dia alguém pegou e ultrapassou essa velocidade. A partir desse mesmo dia, todo mundo começou a ultrapassar também e quebrar esse paradigma. Então, alguém sempre precisa fazer isso primeiro. Então paradigma deve ser quebrado quando é preciso, você não vai ficar sua vida inteira só para quebrar paradigma, isso já é rebeldia. Quebrar paradigma não é um ideal, quebrar paradigma acontece quando há uma necessidade real.

A AJI nasceu com esse objetivo então?

Pois é, a AJI foi chamada para quebrar paradigmas, por que ela trabalha com jovens, é algo normal, é algo natural. Fui chamado naturalmente para ser vanguardista, eu faço coisas novas. Eu estou bem fazendo isso, eu me alegro em fazer coisas novas.

Nós temos agora a AJI White Rave, que vai ser lançada oficialmente para o Brasil em julho do próximo ano e vamos ter a primeira lá em Manaus no dia 12 de dezembro deste ano. E vai ser dentro da floresta, uma rave branca dentro da floresta amazônica. Nessa rave, tudo é branco, você só pode entrar numa rave dessas se você estiver vestido com 90% de branco. É um ato profético em vários sentidos.

Vamos ter também a AJI Music, que são 48 horas de música. Nós tivemos ai a SWU, que foi um sucesso em Itú, claro, com bandas mudanas, com outro objetivos, mas a idéia é muito boa. A AJI White Rave também, nós trabalhamos com meio ambiente. Nós acreditamos na necessidade de termos novas regras e um novo comportamento diante do meio ambiente, ensinando isso para a juventude. Não se fala em meio ambiente dentro das igrejas. Se bobear a igreja é quem vai tacar fogo e vai tirar a camada de ozônio de todo mundo, porque tem crente que é alienado, mas ele é assim porque o pastor dele é alienado, porque o líder é alienado. Esses são temas atuais, nós crentes temos que estar atualizados, não podemos virar as costas pro meio ambiente e pra essa situação. Porque ela é real, é genuína e é verdadeira. O primeiro que devia estar engajado nessa militância ambiental deveria ser a igreja, por que a igreja conhece a o valor real do criador do meio ambiente, mas é o que menos cuida do meio ambiente. O ímpio, que não tem nenhum relacionamento com Deus, está cuidando da criação de Deus. Já o crente, que diz ter relacionamento com Deus, não cuida daquilo que Ele criou. Mas a juventude vai se levantar para mudar isso.

Na próxima semana, a segunda parte da entrevista, o apóstolo Maurício fala sobre o Compromisso, estratégia dada por Deus ao casal para tratar de relacionamento afetivo dentro das igrejas. 

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