Dentro da Visão Celular no Modelo dos 12, somos, o tempo inteiro, estimulados a crescer, multiplicar, nos tornar líderes para tocar a juventude de Parnamirim e fazer com que o Reino de Deus alcance a toda criatura.
No entanto, precisamos entender que a grande multiplicação e a grande conquista, só acontecerá se vermos os nossos discípulos assim como Deus os vê.
Parece simples, mas muitos líderes não conseguem crescer porque, lá no fundo, não acreditam no que Deus pode fazer com a sua célula e até pensam: “esse aqui ou aquele ali não tem capacidade de ser um líder como eu sou”.
O grande dilema para quem envia e quem é enviado como líder de célula é a pergunta: qual o momento certo? Nosso mestre, Jesus Cristo, nos ensina qual o melhor momento. Ele foi um líder que enviou seus apóstolos, no momento certo.
Vamos tomar como exemplo o apóstolo Pedro, discípulo de Jesus, levantando entre os 12, mas que durante o ministério de Jesus vivo aqui na terra, apresentava alguns problema de alma, como o egoísmo, a covardia, a soberba, os ciúmes, a impulsividade e a fraqueza na fé.
Além desses problemas, muitas vezes Pedro parecia apresentar um problema no cumprimento do ministério de Jesus. Em Mateus 16:22-23, vemos que Pedro era conra a morte de Jesus; em João 18:10-11, Pedro corta a orelha de um soltado quando Jesus estava sendo preso; e em João 13:4-9 o apóstolo se recusou a deixar que Jesus lavasse os seus pés.
Será que Pedro deveria ser realmente enviado como apóstolo de Jesus, para proclamar o evangelho para toda a terra? A resposta mais lógica para essa pergunta é não. Mas Jesus via Pedro de uma maneira diferente, da maneira que o Senhor o via.
Em Mateus 16:18-19, Jesus faz uma declaração que ia de encontro com todas essas atitudes de Pedro: “Sobre ti edificarei minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. (...) Te darei as chaves do Reino dos Céus”
Jesus faz uma declaração profética. Mesmo depois dos três anos de discipulado com Jesus, Pedro o negou, ás vésperas de sua morte. Ao ler Mateus 26: 69 – 75, no entanto, vemos que Pedro, mesmo negando Jesus, tinha na sua vida o arrependimento genuíno e a busca pela cura, ou seja, tinha um coração tratável.
Muitas vezes o líder é exageradamente exigente com os discípulos e define até onde ele pode chegar. Mas não é dessa forma que Jesus pensava dos seus apóstolos. Será que o líder tem o direito de estabelecer os limites do crescimento ministerial dos seus discípulos?
O líder de êxito nunca pode esquecer o quanto foram pacientes com ele, em determinadas situações no processo de libertação e cura em que ele com certeza passou. Ninguém chega pronto.
O líder precisa entender a importância da sua visão profética e da uso da sua voz profética. É o que ele diz sobre o seu discípulo que determinará o que ele será no futuro.
Reconhecer as limitações do discípulo sim, mas jamais deixar de visualizar o que Deus pode fazer na vida dele, através do potencial que ele já possui, que muitas vezes nem o próprio discípulo consegue visualizar.A cura e libertação genuína não virá enquanto o líder prender o seu discípulo em suas próprias limitações. Líder, ensine o seu discípulo a sair da limitação e visualizar, junto contigo, aquilo que Deus tem pra vida dele. Lance seu discípulo e ele será capacitado por Deus.
Jesus semeou na vida dos seus apóstolos a voz profética e, nos livros que sucedem os evangelhos, podemos perceber um Pedro ousado, destemido e comprometido com a missão que lhe foi dada em Mateus 21:15: “apascenta as minhas ovelhas”
Em atos 5 vemos um Pedro alegre logo depois de ter sido açoitado por pregar a Palavra do seu mestre Jesus. É o mesmo Pedro que lá atrás, uns 10 anos antes, o negou três vezes, antes do galo cantar. É por isso que Jesus nos ensina a usar nossa voz profética, para que o discípulo não receba nada menos do que já foi determinado pelo próprio Deus.
Líder, use a sua voz profética!
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